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Curso de electrónica - parte 21 Ondas métricas
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Curso de electrónica - parte 21 Ondas métricas
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Votação sobre "Curso de Electrónica – por José Flor"
Como vimos na lição “Curso de electrónica - parte 20 Introdução ao estudo da TV”, a frequência de vídeo, para transmitir uma imagem de 525 linhas, à razão de 30 quadros por segundo, é de 6 MHz, aproximadamente.
Essa larga faixa de frequência, que como vimos, ocuparia quase toda a banda de ondas curtas, ainda necessita de uma onda portadora, para chegar até o receptor. Além da onda portadora, se devem ter faixas laterais iguais, concluirá que, decididamente, não se pode transmitir sinais de televisão, a não ser em frequências elevadas. Por essa razão, os canais de televisão foram distribuídos em frequências compreendidas entre 54 MHz e 216 MHz.
Verificará facilmente, lembrando que o comprimento de onda é calculado dividindo-se a velocidade da luz pela frequência que, para a mais baixa, 54 MHz, corresponde comprimento de 5,55... metros, e para a frequência mais alta, 216 MHz, corresponde comprimento de 1,38... metros. Daí dizemos que os sinais de televisão são transmitidos em ondas métricas.
No intervalo de frequência de 54 a 216 MHz são distribuídos 12 canais de televisão, de largura padrão de 6 MHz. Esses canais são numerados de 2 a 13 e suas frequências para som e imagem são, respectivamente:
Canal 2: intervalo de frequência de 54 a 60 MHz, tendo a portadora de imagem 55,25 MHz, e a de som, em 59,75 MHz;
Canal 3: intervalo de frequência de 60 a 66 MHz, tendo a portadora de imagem 61,25 MHz, e a de som, em 65,75 MHz;
Canal 4: intervalo de frequência de 66 a 72 MHz, tendo a portadora de imagem 67,25 MHz, e a de som, em 71,75 MHz;
Canal 5: intervalo de frequência de 76 a 82 MHz, tendo a portadora de imagem 77,25 MHz, e a de som, em 81,75 MHz;
Canal 6: intervalo de frequência de 82 a 88 MHz, tendo a portadora de imagem 83,25 MHz, e a de som, em 87,75 MHz;
Canal 7: intervalo de frequência de 174 a 180 MHz, tendo a portadora de imagem 175,25 MHz, e a de som, em 179,75 MHz;
Canal 8: intervalo de frequência de 180 a 186 MHz, tendo a portadora de imagem 181,25 MHz, e a de som, em 185,75 MHz;
Canal 9: intervalo de frequência de 186 a 192 MHz, tendo a portadora de imagem 187,25 MHz, e a de som, em 191,75 MHz;
Canal 10: intervalo de frequência de 192 a 198 MHz, tendo a portadora de imagem 193,25 MHz, e a de som, em 197,75 MHz;
Canal 11: intervalo de frequência de 198 a 204 MHz, tendo a portadora de imagem 199,25 MHz, e a de som, em 203,75 MHz;
Canal 12: intervalo de frequência de 204 a 210 MHz, tendo a portadora de imagem 205,25 MHz, e a de som, em 209,75 MHz;
Canal 13: intervalo de frequência de 210 a 216 MHz, tendo a portadora de imagem 211,25 MHz, e a de som, em 215,75 MHz;
O intervalo de frequência compreendido entre 88 MHz e 174 MHz foi reservado para as transmissões comerciais de som em FM.
Os canais situados abaixo de 88 MHz, ou seja, os canais de 2 a 6, são denominados de canais de frequência baixa. Da mesma forma, os canais que se situam acima de 174 MHz, ou seja, os canais 7 a 13, são conhecidos como canais de frequência alta.
Alcance de ondas métricas
As ondas de frequência superior a 50 MHz, não são refletidas pela ionosfera, mas nela penetram e se perdem. Obviamente as ondas de televisão apresentam esse mesmo inconveniente. As ondas métricas têm propriedades bastante semelhante às das ondas luminosas, que, diga-se de passagem também são ondas eletromagnéticas.
Em assim sendo, as ondas métricas têm o alcance da visibilidade ótica e também, como as ondas luminosas, se propagam em linha reta.
A consequência das emissões de televisão serem efetuadas em ondas métricas é a drástica redução do alcance, que não vai além do horizonte. Ao contrario do que acontece com as emissões de onda médias e curtas, o aumento da potencia do emissor aumentará o alcance das ondas. Na figura 1, ilustraremos o fenómeno da propagação retilínea das ondas métricas. Da antena A, partem em linha reta, em todas as direções, as ondas métricas. Como a Terra é redonda, o raio R delimita-se à área de visibilidade ótica e, portanto, a área de alcance das ondas métricas. Se colocássemos a antena mais alto, como indicamos em A1 o alcance seria visivelmente aumentado. É por esse motivo que antenas dos emissores de televisão são colocadas sempre nos pontos mais altos disponíveis, nas proximidades do emissor. Note ainda, na figura 1, que as ondas, apos a tangente com a Terra se perdem na ionosfera. Um receptor situado além da área de visibilidade (área de alcance para as ondas métricas) teria a possibilidade de receber as ondas que se perdem, desde que se colocasse a antena receptora bastante elevada. Isso explica o fato de se receberem emissoras de televisão mesmo além do limite de visibilidade, e também do uso de antenas elevadas. Da exposição feita até aqui, conclui-se que a transmissão de imagem necessita de sinais que ocupem faixa de frequência muito larga. Esses sinais precisam de onda portadora de muita elevada frequência, e esta, por sua vez, só propaga em linha reta, o que reduz o alcance.
Figura 1
José António Flor de Sousa
Votação sobre "Curso de Electrónica – por José Flor"
Introdução á electrónica básica
Parte 21
Ondas métricas
Parte 21
Ondas métricas
Como vimos na lição “Curso de electrónica - parte 20 Introdução ao estudo da TV”, a frequência de vídeo, para transmitir uma imagem de 525 linhas, à razão de 30 quadros por segundo, é de 6 MHz, aproximadamente.
Essa larga faixa de frequência, que como vimos, ocuparia quase toda a banda de ondas curtas, ainda necessita de uma onda portadora, para chegar até o receptor. Além da onda portadora, se devem ter faixas laterais iguais, concluirá que, decididamente, não se pode transmitir sinais de televisão, a não ser em frequências elevadas. Por essa razão, os canais de televisão foram distribuídos em frequências compreendidas entre 54 MHz e 216 MHz.
Verificará facilmente, lembrando que o comprimento de onda é calculado dividindo-se a velocidade da luz pela frequência que, para a mais baixa, 54 MHz, corresponde comprimento de 5,55... metros, e para a frequência mais alta, 216 MHz, corresponde comprimento de 1,38... metros. Daí dizemos que os sinais de televisão são transmitidos em ondas métricas.
No intervalo de frequência de 54 a 216 MHz são distribuídos 12 canais de televisão, de largura padrão de 6 MHz. Esses canais são numerados de 2 a 13 e suas frequências para som e imagem são, respectivamente:
Canal 2: intervalo de frequência de 54 a 60 MHz, tendo a portadora de imagem 55,25 MHz, e a de som, em 59,75 MHz;
Canal 3: intervalo de frequência de 60 a 66 MHz, tendo a portadora de imagem 61,25 MHz, e a de som, em 65,75 MHz;
Canal 4: intervalo de frequência de 66 a 72 MHz, tendo a portadora de imagem 67,25 MHz, e a de som, em 71,75 MHz;
Canal 5: intervalo de frequência de 76 a 82 MHz, tendo a portadora de imagem 77,25 MHz, e a de som, em 81,75 MHz;
Canal 6: intervalo de frequência de 82 a 88 MHz, tendo a portadora de imagem 83,25 MHz, e a de som, em 87,75 MHz;
Canal 7: intervalo de frequência de 174 a 180 MHz, tendo a portadora de imagem 175,25 MHz, e a de som, em 179,75 MHz;
Canal 8: intervalo de frequência de 180 a 186 MHz, tendo a portadora de imagem 181,25 MHz, e a de som, em 185,75 MHz;
Canal 9: intervalo de frequência de 186 a 192 MHz, tendo a portadora de imagem 187,25 MHz, e a de som, em 191,75 MHz;
Canal 10: intervalo de frequência de 192 a 198 MHz, tendo a portadora de imagem 193,25 MHz, e a de som, em 197,75 MHz;
Canal 11: intervalo de frequência de 198 a 204 MHz, tendo a portadora de imagem 199,25 MHz, e a de som, em 203,75 MHz;
Canal 12: intervalo de frequência de 204 a 210 MHz, tendo a portadora de imagem 205,25 MHz, e a de som, em 209,75 MHz;
Canal 13: intervalo de frequência de 210 a 216 MHz, tendo a portadora de imagem 211,25 MHz, e a de som, em 215,75 MHz;
O intervalo de frequência compreendido entre 88 MHz e 174 MHz foi reservado para as transmissões comerciais de som em FM.
Os canais situados abaixo de 88 MHz, ou seja, os canais de 2 a 6, são denominados de canais de frequência baixa. Da mesma forma, os canais que se situam acima de 174 MHz, ou seja, os canais 7 a 13, são conhecidos como canais de frequência alta.
Alcance de ondas métricas
As ondas de frequência superior a 50 MHz, não são refletidas pela ionosfera, mas nela penetram e se perdem. Obviamente as ondas de televisão apresentam esse mesmo inconveniente. As ondas métricas têm propriedades bastante semelhante às das ondas luminosas, que, diga-se de passagem também são ondas eletromagnéticas.
Em assim sendo, as ondas métricas têm o alcance da visibilidade ótica e também, como as ondas luminosas, se propagam em linha reta.
A consequência das emissões de televisão serem efetuadas em ondas métricas é a drástica redução do alcance, que não vai além do horizonte. Ao contrario do que acontece com as emissões de onda médias e curtas, o aumento da potencia do emissor aumentará o alcance das ondas. Na figura 1, ilustraremos o fenómeno da propagação retilínea das ondas métricas. Da antena A, partem em linha reta, em todas as direções, as ondas métricas. Como a Terra é redonda, o raio R delimita-se à área de visibilidade ótica e, portanto, a área de alcance das ondas métricas. Se colocássemos a antena mais alto, como indicamos em A1 o alcance seria visivelmente aumentado. É por esse motivo que antenas dos emissores de televisão são colocadas sempre nos pontos mais altos disponíveis, nas proximidades do emissor. Note ainda, na figura 1, que as ondas, apos a tangente com a Terra se perdem na ionosfera. Um receptor situado além da área de visibilidade (área de alcance para as ondas métricas) teria a possibilidade de receber as ondas que se perdem, desde que se colocasse a antena receptora bastante elevada. Isso explica o fato de se receberem emissoras de televisão mesmo além do limite de visibilidade, e também do uso de antenas elevadas. Da exposição feita até aqui, conclui-se que a transmissão de imagem necessita de sinais que ocupem faixa de frequência muito larga. Esses sinais precisam de onda portadora de muita elevada frequência, e esta, por sua vez, só propaga em linha reta, o que reduz o alcance.
Figura 1
José António Flor de Sousa
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